Strings
RAÍZES TRANÇADAS
E
m um trabalho autoral, é admirável quando um músico consegue sintetizar com naturalidade infl uências de gêneros teoricamente
incompatíveis entre si, criando o seu sotaque musical particular. Em seu ótimo CD de estréia Raízes Trançadas (Produção Inde-
pendente), o violonista catarinense Felipe Coelho prova que o choro, a música indiana, o fl amenco e o gipsy jazz podem dialogar pa-
cifi camente em suas composições, brasileiríssi-
Felipe Coelho:
mas por sinal. “Permiti essas infl uências porque
misturando influências
acredito que o melhor trabalho de um artista é
do choro ao gipsy jazz
aquele que melhor retrata quem ele é”, afi rmou
Coelho, que tocou violão de sete cordas e assi-
nou os arranjos das nove faixas. “Procurei uma
nova concepção. Arranjos e uma instrumen-
tação camerística de fl auta, clarinete, cordas e
acordeom, mas que não fosse música clássica;
com improvisos na linguagem jazzística, mas
que não fosse um CD de jazz; algo englobando
poesia e infl uências como o fl amenco e a músi-
ca indiana”, disse o violonista. Entre os vários
destaques, estão o partido-alto estilizado Flo-
rianópolis, de melodia marcante, e o insinuante
choro Escorreguinga. Site: www.felipecoelho.com;
www.myspace.com/felipefcoelho.
Leon Dale
VIOLA ESPERTA
P
ela quantidade expressiva de no-
vos violeiros e pela busca por
novas possibilidades musicais com o
instrumento, dizer que a viola caipira está
passando por uma verdadeira revolução
não é nenhum exagero. O Trio Carapiá,
formado por João Paulo Amaral, Elias
Kopcak e Rodrigo Nali, é um digno
representante da nova geração de violeiros.
Eles acabam de lançar seu primeiro CD,
Levante (Produção Independente). “A
idéia do disco foi trazer o lado tradicional
dos ritmos caipiras com uma perspectiva
mais contemporânea”, disse Amaral. O
repertório do CD é muito bem escolhido,
Trio Carapiá:
com arranjos de alguns clássicos caipiras,
tradição e
como De Papo pro Á (Joubert de Carvalho/
modernidade em
belo CD de estréia
Olegário Mariano) e Malandrinho (Tião Giancarlo Giannelli
Carreiro), além de composições inspiradas
de Amaral, como Rubro, que tem infl uências do tango, e O Choro e a Catira, que mistura os dois gêneros. “Procuramos pegar músicas
conhecidas do universo caipira e mostrar nosso trabalho de arranjo. Nas composições, mostramos outras infl uências, por exemplo, do jazz”,
revelou Amaral. Levante teve participações especiais do violonista Natan Marques e do percussionista Robertinho Silva, que deram um belo
colorido às gravações. Muito legal! Site:
triocarapia.com .
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